Mercado de trabalho idosos 

Com o aumento da expectativa de vida e graças ao avanço da medicina, não falta disposição para quem já passou dos 60 anos, e se aposentou, retornar ao mercado de trabalho, seja para complementar a renda ou pela satisfação de uma vida ativa. 

O problema é que além de sofrerem preconceito, essas pessoas enfrentam a falta de políticas de recursos humanos, que são inexistentes nas empresas, durante o processo seletivo. É comum os contratantes alegarem que os idosos não possuem competência para lidar com as ferramentas digitais, o que não é verdade segundo especialistas na recolocação dessas pessoas no mercado de trabalho, isso porque, durante a pandemia elas conseguiram se adaptar muito bem à tecnologia, vencendo esse desafio. Foi registrado inclusive, um aumento no acesso a compras no LINE e na internet como um todo, de pessoas acima dos 60 anos.

Experiência e Produtividade 

Estudos apontam que a produtividade dos mais velhos é maior do que a dos mais jovens, visto que os primeiros já passaram por vários estágios da vida e se dedicam menos a tarefas como formar uma família, a uma faculdade e criar filhos. Dessa forma, os idosos se tornam mais comprometidos com o trabalho. Para as empresas, contratar pessoas com idade avançada pode gerar produtividade ao negócio. Além disso, os idosos são acostumados aos trabalhos ‘monótonos’ mais do que os jovens, pois foram criados no conceito da ocupação massificada. São mais habituados a seguir uma rotina de trabalhos repetitivos e, consequentemente, mais tolerantes para realizar esse tipo de tarefa.

O que caracteriza uma pessoa idosa?

Para a Organização Mundial da Saúde, independente do  envelhecimento fisiológico, os idosos hoje possuem grande  capacidade de interagir ou serem ativos social e intelectualmente. Veja como é a classificação da OMS:

– Os pré-idosos (entre 55 e 64 anos);

 – Os idosos jovens (entre 65 e 79 anos);

– Os idosos em idade avançada (com 80 anos ou mais).

Nesse sentido, uma pessoa é considerada idosa a partir dos 60 anos, não segundo a condição física, social ou intelectual que define um veterano, e sim pela data de nascimento registrada em seu RG.

A influência do trabalho na saúde dos idosos

Segundo os médicos especialistas, ter uma vida profissional ativa após os 60 anos, é algo benéfico que resulta na melhora da concentração, do processo cognitivo e da autoestima. Porém, é necessário reconhecer as limitações com relação ao ritmo por exemplo, que não é o mesmo de quando a pessoa tinha seus 30 ou 40 anos. Para que a ocupação escolhida  esteja alinhada à rotina sem perder a qualidade, é preciso desacelerar, visando utilizar o máximo da experiência para a resolução das demandas. Nada de jornadas longas, exaustivas e sem folgas. 

Regulamentações no Brasil em favor da pessoa idosa 

A Lei 10.741/2003, também conhecida como Estatuto do Idoso, surgiu para regular os direitos das pessoas com idade igual ou superior a 60 anos. A legislação trata  em seu conteúdo sobre o exercício de atividade profissional que deve respeitar as condições físicas, intelectuais e psíquicas do trabalhador que já se encontra na melhor idade. 

Já no Senado, está sendo analisado um projeto de lei, que visa reduzir os impostos de empresas que contratarem trabalhadores com mais de 60 anos de idade. O benefício teria duração de 5 anos. Atualmente na – CAE Comissão de Assuntos Econômicos do Senado – o projeto ainda busca elevar o número de trabalhadores com carteira assinada nessa faixa etária

Que tal buscar inspiração para voltar ao mercado de trabalho, após os 60 anos? 

Há profissionais brasileiros e estrangeiros que continuam trabalhando aos 70 anos e até mais! Já na ficção é possível tirar grandes lições assistindo ao filme, “Um Senhor Estagiário”. A comédia/drama, que tem como protagonista o ator Robert de Niro, mostra os desafios de começar um novo emprego, após a aposentadoria.

Um Senhor Estagiário (2015), informações :  https://g.co/kgs/2mcNRP

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Referências: economiauol.com.br/ | catho.com.br/ | g1.globo.com/jn | fdr.com.br | 12.senado.leg.br/